sábado, 31 de outubro de 2015

DIALOGANDO SOBRE A VELHICE: Conceitos e Preconceitos


DIALOGANDO SOBRE A VELHICE: Conceitos e Preconceitos

Aula Inaugural proferida na Universidade Aberta à Terceira Idade
Unimep/Santa Bárbara D'Oeste.


Utilizando uma metodologia não muito convencional, procurei apresentar várias concepções da velhice no decorrer da história e em várias culturas. Ao chegar no século XX, destaquei o fato da geriatria determinar a concepção e a forma do tratamento da velhice, o que muitos gerontólogos chamam de biomedicalização da velhice.

Dentre vários referenciais teóricos que utilizei, destaco o livro A VELHICE, de Simone de Beauvoir, por ser o precursor das discussões sobre o tema. O livro escrito em 1970 denuncia a “conspiração do silêncio” e o descaso para com a velhice naquela época. De lá para cá é muito difícil encontrar um artigo, dissertação, tese ou qualquer outra forma de texto sobre o tema que não cite Beauvoir.

Nossas imagens da velhice são muito estereotipadas/caricaturizadas, gerando assim leituras preconceituosas... gerontofóbicas. Com muito humor procurei demonstrar que nossa concepção da velhice é fruto de uma construção social. Utilizando-me de vários óculos (instrumento que nos ajuda a enxergar ou não corretamente) demonstrei algumas dessas concepções. Muitas delas tremendamente distorcidas e preconceituosas.

A palestra tem como objetivo principal convidar todos os presentes para um momento de reflexão. É um tempo oportuno para reavaliar nossos conceitos e preconceitos quanto a velhice, bem como, construir um olhar mais humano, real e otimista. A isso chamamos práxis: refletir sobre o que se fez... fazer de novo, levando em consideração aquilo que se refletiu e aprendeu... refletir novamente sobre o que foi feito... e assim sucessivamente.





Meu desejo é que todos os participantes da palestra reconheçam a possibilidade de novos olhares para esta etapa da vida e se tornem  dessa nova visão. Mais do que simplesmente substituir as nomenclaturas... velho... idoso... 3ª idade... boa idade... feliz idade, se faz necessário reconhecer o outro como pessoa, com suas forças e limitações.

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